Visitar Cuba - O melhor de Cuba

Dicas e informação importante sobre Cuba:

1 – Cuba tem duas moedas. Uma para turistas e outra para os locais. Nas cidades e vilas mais turísticas, os produtos vão ter o preço na moeda local e na moeda turística. Não adianta fazer o câmbio entre as duas moedas pois o preço não tem comparação. É bem mais elevado para os turistas.

2 – Cuba é muito pobre e na maior parte dos lugares pode esperar que as ruas estejam sujas com água e lixo acumulado.

3 – Não sentimos qualquer insegurança e o povo é bem simpático, mas estarão sempre tentando vender-te algo. O povo cubano vive bastante do turismo que é feito na ilha.

4 – À exceção de Varadero, todas as cidades onde estivemos estão repletas de alojamentos em casa de locais. Este sistema chama-se casa particular e é fiscalizado pelo Estado Cubano. É uma forma de as famílias cubanas poderem aumentar os seus rendimentos e evitar assim a invasão de hotéis. As nossas marcações nas casas particular foram todas pelo Booking. Nas casas que ficamos os preços variaram entre os 25€ e os 35€

5 – Regra geral os preços são fixos, mas relativamente a táxi terá de negociar. Acresce que existe bastantes pessoas que irão vender serviço de transporte e não são táxis oficiais. Não tivemos qualquer problema com isso. Para reduzir o preço de viagem entre as cidades vão tentar juntar você com outras pessoas no táxi e assim poderá ser uma excelente forma de viajar por Cuba.

6 – Cuba tem um sistema de transporte público com preços bastante acessíveis – via azul – contudo nós tivemos alguns problemas. Uma das nossas viagens foi antecipada mais de 12 horas e outra atrasou-se cerca de 4 horas e outro problema é que se você não tiver reservado bilhetes poderá não ter lugar. Penso que isto acontecerá apenas para os destinos mais turísticos (como Varadero). Foi o que nos aconteceu de Havana para Varadero em que não conseguimos viagem para o dia que queríamos (tivemos de ir de táxi). Para reservar tem de ser online e terá de ser com mais de 7 dias de antecedência.

7 – Fazer uma excursão pelas principais cidades poderá ser uma boa alternativa mas certamente mais cara.

8 – Não conseguimos levantar dinheiro em todas as caixas multibanco. Por isso leve algum para trocar caso seja necessário e sempre que possível pague com cartão.

9 – Se quer conhecer Cuba tente ir a várias cidades. Todas elas têm um encanto diferente.

10 – Não é possível avaliar os hotéis no Booking pelo que deixamos a seguir as nossas avaliações a cada um dos alojamentos.

Havana

Ficamos em Havana na primeira noite mas apenas para dormir pois na manhã seguinte partimos para Varadero e depois tivemos 2 noites no final da nossa viagem. Do aeroporto para Havana pagamos 30 CUC, isto porque junto às informações perguntamos se haveria algum transporte para Havana. Disseram que só de táxi e chamaram logo um transportador (não era bem um táxi mas era motorista de turistas naqueles carros antigos de Havana). A viagem dura meia hora. Nessa noite ficamos numa casa particular – Ensanche Havana – (sistema explicado no ponto 4) bem perto da estação viazul. Um quarto bem simples mas cómodo o suficiente para passar a noite uma vez que no dia seguinte íamos levantar às 6:30 para apanhar o autocarro para Varadero. Avaliamos o mesmo em 5,5. A recepção foi muito prestável. As comodidades eram poucas, para quem quer visitar Havana não está bem localizado e a limpeza não era a melhor.

Nas últimas duas noites da nossa estadia em Cuba chegamos a Havana de Cienfuegos à meia-noite. Quando o autocarro chegou estava um grupo de pessoas à nossa espera para vender-nos serviço de transporte. Dado as horas avançadas o melhor que conseguimos foi 8 CUC naquela noite para o nosso hotel e 20 CUC para nos levarem depois para o aeroporto.

O nosso hotel nessas duas noites – Animas 303 hotel – era um prédio remodelado com quartos pequenos mas bem acolhedores. O quarto tinha champô e sabonete e a cama era bem confortável. Avaliamos ele como um 7,5. Estava limpo, bem localizado, confortável mas os quartos pequenos. Os rececionistas foram bem agradáveis.

No dia seguinte fomos visitar Havana Vieja e começamos por visitar o passeo del prado (bem perto do nosso hotel) em que descemos até ao Capitólio passando pelo Central Park (parque bem pequeno é mais uma praceta). Não visitamos o Capitólio por dentro devido ao preço.

Depois fomos até ao Museu da Revolução que acabou por ser uma grande desilusão. Pagamos 8 CUC cada um e é sem dúvida uma paragem obrigatória para qualquer turista, mas esperava bastante mais de história, de objectos e fotografias.

Seguimos para as principais praças começando pela praça da Catedral. Umas das praças mais bonitas de Havana. Aí perto fica a Bodeguita Del medio. Trata-se de um restaurante/Bar que escritores como Pablo Neruda e Ernest Hemingway frequentaram e é conhecido pelo famoso Mojito. Este restaurante tem inclusive franchisings no México e em alguns países da Europa. Nós acabamos por almoçar nele e a comida tem sem dúvida bastante qualidade mas dado o preço elevado, você consegue almoçar igual por bem menos. O mojito é bastante fraco pelo que não achamos nada de especial. Vale a pena a visita por ser um ícone de Cuba, mas nada mais.

Depois estivemos na praça das Armas. Uma praça belíssima com edifícios imponentes nomeadamente o famoso Palácio de los Capitanes Generales. É uma praça cheia de árvores altas pelo que dificultou as fotos mas é bastante agradável para se proteger nos dias de sol intenso.

Passeamos pelo Malecon (espécie de passeio junto ao mar) em direção à praça vieja. Uma praça bem ampla e agradável mas sem nenhum encanto de especial. Nela estão alguns barzinhos. Não chegamos a ir de noite mas deve ser bastante agradável, pois faz lembrar as praças de Espanha.

Por fim, fomos ao bar La Floridita, conhecido por ter sido o inventor dos Daiquiris e lugar frequentado por Hemingway. Cada Daiquiri custa 6 CUC. Mas vale bem a pena. Foram os melhores que alguma vez tomámos e o bar em si é bem agradável com música ao vivo A acompanhar os daiquiri vem fatias de bana frita como salgadinho. Se quando você chegar, o bar estiver cheio (é bem normal) pode sentar no balcão ou então esperar que alguma mesa se levante.

Varadero

Como mencionado no ponto 6, a ida para Varadero não correu como planeado. Como não tínhamos reserva chegamos 1 hora mais cedo à viagem para conseguir bilhetes. Quando chegamos (às 7:00) já havia pessoas à espera na estação e informaram-nos que teríamos que aguardar até às 7:30 para ver se alguma das pessoas que tinham reservado bilhete não aparecia para sermos os primeiros a comprar bilhete para Varadero. Eles chamam de última chamada e basicamente quando o autocarro está cheio vendem os bilhetes daqueles que não chegam a tempo do check in/viagem (dependendo do sítio). Acontece que não tivemos essa oportunidade. Soubemos também que as outras duas viagens (uma no final da manhã e outra no início da tarde) estavam também cheias pelo que dificilmente arranjaríamos bilhete. Assim, saímos da estação com a intenção de visitar a praça da revolução que fica mesmo à beira e pensar em alternativas para a nossa viagem (tínhamos alojamento marcado em Varadero e todo um planeamento para cumprir). Mal saímos começamos a ser abordados por Cubanos oferecendo serviço de táxi. Acabamos por perguntar o preço a um que estava mais isolado e conseguimos por 20 CUC cada. Aceitamos. Estivemos então a aguardar que conseguissem arranjar pessoas suficientes para encher o carro. A viagem durou cerca de hora e meia (bem menos que a viagem de autocarro) e por mais 5 CUC conseguimos que o carro nos levasse da estação em Varadero até ao nosso Hotel. O nosso hotel era bem longe e pelas nossas pesquisas estávamos a contar que o preço fosse 15 CUC pelo que o preço arranjado foi ótimo.

Varadero é uma enorme extensão de areia no meio do mar das Caraíbas e cheia de hotéis todos seguidos. O nosso hotel – ROC Arenas Doradas – era tudo incluído e ficava entre o meio e o final dessa extensão de areia. Chegamos por volta das 11 horas e o check in era só às 16:00 horas. Contudo, tivemos sorte: guardaram as nossas malas e deram as nossas pulseiras que permitiam ter todas as bebidas que quiséssemos e ainda conseguimos almoçar nesse mesmo dia. Foram dois dias e duas noites maravilhosas num hotel que pelo preço revelou uma excelente qualidade, à exceção do buffet de comida que não primava por grande qualidade. A piscina do hotel era magnífica com pleno bar no meio dela. A praia do hotel era também excelente e para nós, a melhor que até agora já estivemos (e não tem peixes para snorkeling!). Basicamente foram dois dias sempre a comer beber e relaxar. Uma entrada em grande nas férias. Avaliamos o hotel em 9 tendo em conta que o preço é bem acessível.

Santa Clara

Um dia antes da nossa viagem começar, recebemos um email da via azul a informar que a nossa viagem de Varadero para Santa Clara iria ser antecipada das 21:00 para as 07:25.

Saímos por volta das 6:15 do hotel de forma a estar mais ao menos 1 hora antes (hora indicada pelos serviços da viazul – não obstante termos sempre de esperar e vermos que outras pessoas vão chegando aos poucos). Na noite anterior tínhamos pedido ao porteiro do hotel para arranjar um táxi para essa hora. E à hora combinada lá estava ele à nossa espera. A viagem para o terminal da viazul custou 15 CUC.

A viagem durou cerca de 3 horas, pelo que por volta das 10:30 já estávamos na cidade conhecida como a cidade do Che Guevara. Quando chegamos a Santa Clara decidimos comprar logo bilhete na Viazul para Trinidad nesse mesmo dia (pois tínhamos pesquisado que umas horas são suficientes para se conhecer a cidade). Tivemos sorte que o autocarro não estava cheio pelo que a compra dos bilhetes foi possível. Deixamos as nossas pastas na estação pelo preço de 3 CUC cada mala (preço bem exagerado mas eles fazes os preços na hora) e partimos para o centro da cidade. Conseguimos apanhar um táxi por 3 CUC. Fomos diretos à praça principal – Parque Vidal. Uma praça bem típica das cidades de Cuba – rodeado por edifícios imponentes e coloniais. Aqui encontra-se o teatro Caridad que poderá visitar pelo preço de 2 CUC. De seguida partimos para visitar o monumento de tomada del tren blindado. Basicamente foi onde Che Guevara conseguiu uma importante vitória na revolução cubana com a tomada de um comboio carregado de armamento. Neste monumento poderá ver a simulação das carruagens do comboio e dentro delas fotos e textos sobre esta importante vitória na história de cuba. Outro monumento que você tem de visitar nesta cidade é o Mausoléu Guevara. Acabamos por ir a pé uma vez que o Mausoléu ficava no meio entre o parque vidal e a estação da viazul. Foi um dos momentos altos da viagem. Apesar de não se poder tirar fotos, o monumento (você paga o que quiser) é composto por diversos objectos, fotografias e peças históricas do Comandante Che Guevara. Nesse mesmo monumento encontra-se os restos mortais de Che Guevara e de mais elementos da Guerrilha da batalha de Santa Clara.

Depois seguimos para a estação da viazul onde apanhamos o autocarro para Trinidad por volta das 16:30 horas.

Trinidad – Um dos melhores destinos de Cuba

 A viagem dura menos de 3 horas e antes das 19:30 estávamos a chegar em Trinidad. Ficamos hospedados numa casa particular (25 CUC a noite). A casa fica a menos de 5 minutos a pé da estação e como a cidade é bastante pequena fica a 5 minutos a pé da praça principal – Praça Maior e da famosa Casa da Música. Se quiser pequeno-almoço tem um custo adicional de 5 CUC por pessoa. Tomámos no último dia e recomendámos. Foi servido um prato de fruta para cada um com manga, papaia e ananás. Tinha sumo natural de papaia, torradas com queijo e fiambre e ainda fizeram na hora omelete. A casa particular – Hostal Yudelvis – estava limpa com bastante espaço pelo que a nossa avaliação é 7. Não tinha grandes comodidades, não tinha champoo nem sabonete e não trocavam as toalhas.

Você consegue jantar por 20/25 CUC duas pessoas, e a cidade tem bastantes restaurantes. Na última noite comemos no restaurante El Dorado que recomendamos. Fica muito perto da estação viazul e a comida é ótima por um excelente preço. Comemos lagosta, ropa vieja e bebemos a típica conchachará (aguardente com gelo e mel).

Esta cidade é bastante animada e existe música ao vivo por todo o lado. Tem inclusive a chamada Casa de la Musica que se trata de um grande recinto em que bandas vão tocando música. Para entrar tem de pagar apenas 1 CUC.

Perto de Trinidad está a famosa praia Ancon. Poderá ir de táxi mas existe autocarro 3 vezes por dia que custa apenas 5 CUC (ida e volta). É quase tão boa como a praia de Varadero pelo que fomos nos dois dias que tivemos em Trinidad. Lá poderá alugar espreguiçadeiras com sombra por 2 CUC cada.

A cidade em si é bastante pequena mas bem acolhedora. Visitamos o convento de S. Francisco que tem o ponto mais alto da cidade e uma exposição do tipo museu. Tivemos que pagar 2 CUC.

Cienfuegos

A viagem durou cerca de 1 hora e meia e chegamos perto das 9:30. Cienfuegos é a segunda maior cidade de Cuba. Tínhamos autocarro nesse mesmo dia para Havana às 16:20 (o mesmo atrasou e apanhamos apenas as 19:30).

Deixámos as nossas malas na estação por 2 CUC cada e fomos para o centro da cidade a pé. Chegamos a praça principal – Praça José Marti – onde fica os edifícios coloniais. Nesta praça fica o arco de Triunfo e o famoso Palácio Ferrer. Acabámos por não visitar pois tem um custo de 3 CUC mas admirámos a sua beleza de fora.

Passeamos também pela rua San Fernando em direção à baía, uma rua cheia de comércio e movimento.

De acordo com as nossas pesquisas prévias, um dos pontos turísticos era a Punta Gorda, pelo que apanhámos um táxi para lá (fica a cerca de 3km). Pagamos 3 CUC e foi uma verdadeira decepção. Trata-se apenas de um parque meio sujo e escuro em que pode entrar na água. Achamos uma perca de tempo e apanhamos novamente táxi de regresso (desta vez por 2 CUC).

Almoçamos na praça principal – José Marti – num restaurante de comida Polinésia. Foi um dos piores almoços que tivemos. Aí perto fica outro restaurante que vimos mais tarde com preços bem mais baixos e com outro aspeto – Café Paulina.